
Mais de 20 mortos por fortes tornados nos EUA

Autoridades de Kentucky e Missouri, dois estados no centro-sul dos Estados Unidos, relataram mais de 20 mortes neste sábado(17) depois que tornados causaram danos significativos na cidade de St. Louis.
O governador do Kentucky, Andy Beshear, anunciou em sua conta na rede X que pelo menos 14 pessoas morreram nas tempestades de sexta-feira. "Infelizmente, espera-se que esse número aumente à medida que recebermos mais informações", acrescentou.
No estado vizinho do Missouri, as autoridades confirmaram sete mortes em um comunicado enviado à AFP, cinco delas em St. Louis.
"As operações de busca continuam na manhã de sábado", disse Mike O'Connell, diretor de comunicações do serviço de segurança pública do Missouri, alertando que condições climáticas severas são esperadas novamente na noite de domingo.
"Nossa cidade está de luto", disse a prefeita de St. Louis, Cara Spencer, a jornalistas na sexta-feira à noite. "A perda de vidas e a destruição são realmente horríveis."
Spencer anunciou uma coletiva de imprensa conjunta com o governador do Missouri, Mike Kehoe, às 15h30 GMT (12h30 em Brasília) para fornecer mais informações.
- "Horrível" -
Em St. Louis, cidade de quase 280.000 habitantes, uma igreja sofreu danos graves, segundo imagens da CBS, e socorristas continuaram atendendo as vítimas em seus arredores na manhã deste sábado.
"É horrível que um tornado tenha passado por aqui e causado tantos danos aos moradores e também à igreja. Estamos devastados", disse à CBS Derrick Perkins, pastor da Igreja Cristã Centennial.
Mais de 180.000 casas e empresas em Kentucky e Missouri permaneciam sem energia até às 14h GMT (11h em Brasília), segundo o site poweroutage.us.
Em 2024, acidentes relacionados a tornados causaram 54 mortes nos Estados Unidos, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
A NOAA, agência federal responsável por descrever e prever alterações meteorológicas, demitiu recentemente quase 20% de sua equipe no âmbito dos cortes de gastos públicos do governo Trump.
A Casa Branca também pretende fazer cortes substanciais no orçamento operacional da agência.
A falta de pessoal forçou alguns escritórios locais a suspender seus serviços permanentes de monitoramento climático, informou o The Washington Post na quarta-feira.
O ex-diretor da NOAA, Rick Spinrad, expressou preocupação em uma entrevista à AFP em meados de março sobre o impacto das demissões nas previsões meteorológicas.
"Estamos entrando na temporada de tornados no centro e sudeste dos Estados Unidos. À medida que perdemos técnicos, a manutenção e a operação de satélites e radares (que preveem sua ocorrência) se tornam mais difíceis", disse.
V.Bae--SG