
Hamas diz ter recuperado todos os restos mortais de reféns aos quais teve acesso

O braço armado do movimento palestino Hamas afirmou por meio de um comunicado, nesta quarta-feira (15), que já entregou todos os restos mortais de reféns falecidos em cativeiro em Gaza aos quais conseguiu ter acesso.
Desde a segunda-feira, sob um acordo de cessar-fogo mediado pelo presidente americano, Donald Trump, o Hamas entregou a Israel 20 reféns sobreviventes em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos libertados de prisões israelenses.
Antes de os corpos serem entregues, na noite desta quarta-feira (hora local), o Hamas já tinham devolvido os restos mortais de sete dos 28 reféns mortos conhecidos, juntamente com um oitavo corpo que Israel disse que não pertencia a um ex-refém.
Mas, na noite desta quarta, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas, anunciaram que tinham entregado todos os corpos que conseguiram encontrar e que precisariam de equipamento especializado para recuperar os demais das ruínas de Gaza.
As Brigadas anunciaram, em um comunicado postado nas redes sociais, que haviam "cumprido seu compromisso em virtude do acordo, ao entregar todos os prisioneiros israelenses vivos que estavam sob sua custódia, assim como os corpos aos quais puderam ter acesso".
"Quanto aos cadáveres restantes, requerem-se esforços extensivos e equipamento especial para sua recuperação e extração. Estamos fazendo um grande esforço para encerrar este tema", acrescentaram.
O anúncio foi feito no momento em que o Exército israelense disse que "dois caixões de reféns falecidos" tinham sido entregues à Cruz Vermelha e estavam a caminho do local onde se encontram as forças israelenses na Faixa de Gaza.
"O Hamas é obrigado a cumprir o acordo e a tomar as medidas necessárias para devolver todos os reféns", manifestaram-se, em um comunicado conjunto, o exército e a agência de segurança israelense.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, da extrema direita israelense, ameaçou cortar o fornecimento de ajuda a Gaza se o Hamas não devolver os restos mortais dos soldados que ainda se encontram no território palestino.
L.Shin--SG