
México prende dez colombianos após explosão que matou seis militares

O México prendeu dez ex-militares colombianos durante uma operação no estado de Michoacán (oeste), realizada após uma explosão que matou seis membros da Guarda Nacional mexicana esta semana, informaram o Exército e o governo local nesta sexta-feira (30).
Membros do Exército "prenderam 17 pessoas, 12 delas de nacionalidade estrangeira, dos quais dez são ex-militares", informou a força armada.
O governo do estado de Michoacán detalhou, por sua vez, que os estrangeiros detidos são "de nacionalidade colombiana".
Além das prisões, o Exército apreendeu 41 explosivos e armas longas durante a operação.
Na terça-feira, seis homens da militarizada Guarda Nacional morreram na explosão de um artefato na passagem de seu veículo blindado enquanto faziam uma patrulha, segundo um relatório militar ao qual a AFP teve acesso.
Tanto a explosão quanto a operação que se seguiu ocorreram no município de Los Reyes, na fronteira entre Michoacán e o estado de Jalisco, onde atua uma das máfias mais poderosas do México, o cartel Jalisco Nova Geração (CJNG).
Em fevereiro, este grupo foi designado como "organização terrorista" pelo governo dos Estados Unidos, juntamente com outros cinco cartéis mexicanos.
Na quarta-feira passada, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, lamentou o uso de "artefatos explosivos" contra as forças de segurança, mas evitou atribuir o fato a algum grupo do crime organizado.
Michoacán tem sido cenário de ataques com dispositivos similares por parte de grupos narcotraficantes, em algumas ocasiões detonados com drones.
Entre 2018 e 2024, pelo menos seis soldados mexicanos morreram por causa de minas antipessoais, de acordo com a Secretaria da Defesa.
Desde 2006, quando foi lançada uma polêmica operação militar contra o narcotráfico, a taxa de homicídios no México triplicou, chegando a 24 por 100.000 habitantes.
Y.Wi--SG